A máfia americana está marcada na história. São filmes, séries e livros que ainda hoje tentam repassar para o público novato o impacto desses grupos criminosos. Mas ainda há muito a se conhecer!
O Sindicato Nacional do Crime (National Crime Syndicate em inglês) é o nome dado à confederação de várias organizações criminosas dos Estados Unidos. A sua origem é incerta, mas, de acordo com pesquisadores da história do crime organizado, surgiu a partir de uma ideia de Meyer Lansky, um gângster judeo-americano, considerado por muito tempo um dos homens da Mafia mais importantes do país.
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As origens
O SNC se estabeleceu em maio de 1929 – apesar de consolidada apenas dois anos depois –, em uma conferência em Atlantic City, que contou com os mais variados e famosos mafiosos dos EUA, entre eles Jonnhy Torrio (ex-chefe de Al Capone em Chicago), Lucky Luciano, Al Capone, o próprio Meyer Lansky, Benjamin “Bugsy” Siegel, Frank Costello, Joe Adonis, Dutch Schultz, Abner “Longy” Zwillman, Louis “Lepke” Buchalter, Vince Mangano e Albert Anastasia. Ao todo, 36 chefões do crime organizado norte-americano estavam reunidos.
Os dois grandes chefões do crime daquele tempo, Joe “The Boss” Masseria e Salvatore Maranzano, ficaram de fora da reunião.
O objetivo
Alguns descrevem a conferência como um encontro sobre coordenação e estratégias para o contrabando. Durante os anos 50, uma Comissão Especial do Senado dos Estados Unidos, presidida por Carey Estes Kefauver, revelou que a conferência foi descrita como uma reunião de organizações criminosas judias e italianas espalhadas por todo o país.
Vale lembrar que neste mesmo ano de 1929, cinco meses depois da criação do Sindicato, os Estados Unidos passariam por uma das maiores crises econômicas já vivenciadas, a crise de 1929, também chamada de Grande Depressão, que duraria cerca de dez anos.
Seu braço direito
O braço de fiscalização do Sindicato era o que a mídia apelidou de “Murder, Inc.” (Corporação de Assassinato, em tradução livre), grupos de gângsters do Brooklyn, responsáveis por vários crimes a mando de chefes da máfia, durante os anos 30 e 40. Era comandada por Louis Lepke, Abe Reles e Albert Anastasia. Muitos mafiosos famosos faziam parte desse grupo, como Bugsy Siegel.
Mito o verdade?
Na biografia de Meyer Lansky, publicada em 1991, intitulada Little Man (Pequeno homem, em tradução livre), o jornalista Robert Lacey argumenta que o Sindicato Nacional do Crime jamais existiu. “A ideia de um Sindicato Nacional do Crime é frequentemente confundida com a máfia, ainda que elas não sejam a mesma coisa”, provavelmente se referindo à Máfia Americana.
O desaparecimento da organização é tão incerto quanto o seu surgimento. No fim dos anos 40, a Murder, Inc. e a maior parte dos seus componentes não italianos haviam desaparecido. Alguns indivíduos, como Meyer Lansky, continuaram a trabalhar em outras filiais de grupo italianos.
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