George Clarence Moran ─ ou Bugs como é melhor conhecido ─ foi um mafioso do início do 20º século, e fazia parte da famosa Gangue da Zona Norte, junto de Dean O’Banion.
Muitos dizem que o “balear ao volante” foi algo que Bugs Moran tornou popular, uma forma de assassinato que era peça principal da máfia. Ele começou a viver do crime e se afiliou a um número de gangues durante seus anos iniciais, e foi preso por três vezes antes mesmo de fazer os 21.
Data de Nascimento: 21 de agosto de 1893, St. Paul, Minnesota, EUA
Morreu em: 25 de fevereiro de 1957, Penitenciária Federal, Kansas, EUA
Apelidos: Bugs – o louco
Associações: Dean O’Banion, Hymie Weiss, North Side Gang, Al Capone, Massacre do Dia dos Namorados
Por que as Zonas Norte e Sul Quebraram
Em Chicago havia duas gangues principais durante os anos 1920, que eram a Gangue da Zona Norte e a Gangue da Zona Sul. A Gangue da Zona Sul é melhor conhecida como Chicago Outfit, que tinha inclusos Johnny Torrio e Al Capone que estava vivo e por vir.
Durante a Proibição ambas as gangues administravam esquemas ilegais de álcool, ou produção ilegal e contrabando, como geralmente se fala. A guerra entre as zonas Norte e Sul vieram quando Dean O’Banion decidiu assaltar caminhões de álcool que pertenciam à zona Sul, enquanto eles invadiam o território da Zona Norte, e vendendo-os bem em baixo do nariz de O’Banion por um preço melhor.
Torrio não era um homem violento, e tentou manter a paz entre as duas regiões por muitos anos, embora essa jogada de O’Banion viesse a provocar ira em Al Capone, e eventualmente fosse levar ao assassinato de O’Banion.
A Perda do Líder Deles
Algumas questões surgiram; a primeira foi que, enquanto Torrio estava de férias, ele promoveu Al Capone como o líder substituto na Outfit. Algo que Capone iria saborear. Durante o período de substituição, o relacionamento de Capone e O’Banion afundou cada vez mais e mais até o ponto que O’Banion armou para Torrio uma perseguição policial.
Essa foi a gota d’água, que assinou a carta do assassinato de O’Banion.
O assassinato se deu numa floricultura de posse de O’Banion, e ele pensou que estivesse recebendo uma entrega de flores, e logo não suspeitou de nada. Então, à queima roupa, Frankie Yale, John Scalise e Albert Anselmi alternaram entre tiros em O’Banion, matando-o instantaneamente.
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Bugs Moran Planeja a Vingança
E é aqui que Bugs Moran fica no centro do palco, planejando exercer vingança pelo homicídio de seu líder da Gangue da Zona Norte.
O amargor entre Bugs e Capone era óbvio à qualquer pessoa, ele chamava Capone de vide inferior e desprezava seu envolvimento nos esquemas de prostituição. O ódio era tão intenso que custaria-lhes os amigos deles — e, para Capone, sua própria liberdade.
Bugs tentou matar Capone em duas ocasiões diferentes; as quais, levariam Capone a adquirir pra si um carro de chapas blindadas que posteriormente seria usado pelo próprio Presidente Roosevelt.
Não há dúvida de que Bugs Moran iria até as últimas consequências ao perseguir Capone, e de que não pararia até que o outro estivesse morto. A primeira tentativa foi por disparos a partir de um carro em movimento, do qual Capone saiu ileso mas muitíssimo assustado; na segunda tentativa Bugs Moran decidiu que iria tentar tirar seus guarda-costas, então ele alvejou o principal guarda-costas dele — o qual ele torturou, antes de executá-lo in loco. A terceira tentativa foi outros disparos em carro, dirigido por Bugs Moran, enquanto Capone e outro de seus guarda-costas estavam bebendo no vestíbulo de um hotel. Bugs Moran e sua trupe atiraram uma rajada de balas nas janelas e, de novo, Capone escapou ileso.
Foi o bastante para fazer com que Capone pedisse uma trégua, mas esta não durou muito tempo.
Moran Torna-se Implacável
Os dois estiveram constantemente segurando na garganta um do outro; se um deles fizesse algo, o outro logo iria retaliar. Capone perdeu um monte de amigos e membros de gangue devido à sicários ordenados por Moran. E seja dito que Moran claramente tirou o melhor de Capone; literalmente, Moran o enlouqueceu.
Moran foi atrás de tudo que Capone amava. Incendiou as boates de Capone, assaltou seus fornecedores de licor e continuou assassinando qualquer que chegasse perto dele. Capone ficou física e mentalmente exausto.
O Massacre do Dia dos Namorados
Capone decidiu que para pôr fim nessa briga por território precisaria retirar todos os obstáculos, então planejou a melhor forma de retribuir a Moran — pegando ele e vários de seu bando. Um massacre que seria executado com precisão.
Alguns dos homens da Chicago Outfit vestiram-se com uniformes de polícia e encenaram uma incursão falsa num depósito; a Gangue da Zona Norte não retaliou, uma vez que pensaram ser esta uma incursão verdadeira. Os homens da Outfit pediram à Gangue da Zona Norte para que se virassem e olhassem para a parede. Sete homens foram então espichados com uma saraivada de balas.
Moran teve sorte, pois viu o carro de polícia estacionado do lado exterior do depósito e decidiu fugir da cena, ao invés de entrar no depósito. Contudo, Capone pensou “ter posto Moran no saco”, porque um de seus observadores confundiu um certo membro da gangue com Moran.
O Massacre do Dia dos Namorados mudou muitas coisas, vendo por um prisma de aplicação da lei, e Al Capone eventualmente se renderia à pressão da lei e sucumbiria à sonegação de impostos. A primeira lista de Inimigos Públicos também se tornou pública durante os anos 1930 com Capone encimando a lista.
Já quanto à Moran, ele deixou Chicago alguns anos após a Proibição ter terminado e a necessidade por esquemas do álcool “se secasse”. Ele depois viria a ser preso em 1946 por um roubo a banco no qual foi enviado à prisão por 10 anos, seguidos por um aumento da pena em mais dez anos, após ter saído da prisão pela primeira infração e ter roubado outro banco.
Morte
Bugs Moran não viria a cumprir os 10 anos inteiros de sua última sentença, entretanto, porque morreu de câncer de pulmão, apenas tendo cumprido alguns meses de sentença. Para um um chefe do crime, ele morreu com apenas U$ 100 em sua conta.