A estrela dos anos ’60, Suzanna Leigh, namorou com Richard Harris, Steve McQueen e Michael Caine. Mas foi sua amizade com Elvis Presley, com quem estrelou o filme “No Paraíso do Havaí” (1966), que dominou e ainda tem grande importância em sua vida. Durante anos, ela tem sofrido com suas dúvidas sobre a morte do astro do rock.
O que você lerá a seguir são relatos verídicos, traduzidos e selecionados a partir do livro inédito no Brasil: Paradise, Suzanna Style (Paraíso ao Estilo de Suzanna, em tradução livre), de Suzanna Leigh. Se está no nosso site, tem que ter a ver com as máfias, não é mesmo?! As investigações feitas sobre a morte do considerado “Rei do Rock” levaram a uma conclusão chocante. . .
Mas tire suas próprias conclusões.
“Assim que vi fotos do momento pós-morte de Elvis, campainhas de alarme começaram a disparar na minha cabeça.
Havia uma foto de uma mulher, que estava perto de Elvis, de pé na entrada de Graceland, já bem de noite, poucas horas depois de sua morte. Ela parecia imaculada, sua maquiagem perfeita.
O que havia de errado nisso? Bem, se o amor da minha vida acabasse de ser encontrado morto, eu ficaria parecendo a bruxa de Endor com o rímel escorrido em meu rosto.
Embora sempre termos sido amigos, estava apaixonada por Elvis desde os 11 anos. Meus sonhos de conhecê-lo se tornaram realidade quando fui elencada para No Paraíso do Havaí (1966). Nos achegamos imediatamente e nos tornamos verdadeiras almas gêmeas.
Elvis, que era bastante religioso, adorava minhas histórias sobre minha escola-convento inglesa. A primeira vez que ele pegou na minha mão foi no set de filmagens. Nós só nos beijamos duas vezes, mas houve a promessa de muitas outras intimidades por vir. Permanecemos amigos durante todo o meu caso apaixonado com Richard Harris, e queríamos fazer outro filme juntos ― mas isso nunca viria a ocorrer.
O coronel Tom Parker nunca gostou de nossa amizade, principalmente porque o apresentava a atores como Richard Harris. Elvis queria ser um ator real, mas o coronel Parker só buscava dinheiro fácil.
Eu estava dormindo em Londres quando Elvis morreu ― voltando para a Grã-Bretanha nos anos setenta. Nos anos que se seguiram, continuei minha carreira na Inglaterra. Então, em 2003, pus minha conexão com Elvis em uso, indo trabalhar como guia de turismo VIP em Graceland.
Foi lá que ouvi pela primeira vez rumores de pessoas na propriedade de que Elvis teria sido assassinado. E quando fui à biblioteca para descobrir mais, descobri que muitas pessoas respeitáveis acreditavam que sua morte ― de aparente insuficiência cardíaca, agravada pelo abuso de drogas ― não era bem fundamentada.
Um livro apontava seu “indicador” para o médico de Elvis, Nichopoulos, ou simplesmente “Nick”, o qual prescreveu dezenas de pílulas para seu paciente hipocondríaco, embora seja difícil acreditar que ele fosse matar seu pagador de carteirinha.
A teoria mais interessante foi a do jornalista britânico John Parker, que afirmou que havia uma conexão com a Máfia.
Depois, há o fato de que o relatório post-mortem não estará disponível até 2027. Por que a Agência Federal de Investigação (FBI) bloquearia os documentos se não houvesse nada a esconder?
Logo tomei conhecimento de que Elvis, de fato, fizera parte de uma das maiores investigações do FBI dos anos 70, codinome Caneta-tinteiro. Aparentemente, ele tinha sido a vítima inocente de um caso de fraude da Máfia envolvendo bilhões de dólares.
Um bom bocado de agentes federais no mundo todo havia investigado o caso, e Elvis deveria dar provas. O FBI deveria estar protegendo Elvis quando este morreu.
Apesar disso, a morte de Elvis nunca foi oficialmente investigada.
A primeira pessoa com quem conversei enquanto tentava entender mais sobre o mistério foi Beecher Smith, que tinha sido advogado de Elvis. Ele contou-me que, como parte da investigação, Elvis e seu pai deveriam comparecer perante um grande júri federal em 16 de agosto de 1977 ― o dia em que Elvis morreu.
O meu próximo porto seguro seria George Klein, que frequentava uma escola com Elvis. Ele me disse que, pouco antes de sua morte, Elvis, que estava exausto por conta de sua carga de trabalho agitada, decidiu tirar um ano de folga e demitiu metade de sua equipe, incluindo o Coronel Parker (codinome do famoso empresário de Elvis, Tom Parker).
Quando ele demitiu sua banda, os temperamentos estavam tão quentes e agitados que trouxeram um livro bem salaz e vil sobre ele, apenas duas semanas antes de morrer. Tudo ficou tão desagradável que Elvis foi forçado a empregar uma equipe de seguranças em que todos eram ex-policiais, liderada por Dick Grob, ex-sargento da polícia.
George me disse que Elvis estava tão seriamente determinado a desistir do trabalho que havia alugado uma casa no Havaí e planejava ficar com o corpo em forma novamente.
Para descobrir mais, fui ver Grob. Embora chateado ao falar sobre tudo isso, ele confirmou que Vernon, o pai de Elvis, sempre acreditou que seu filho fora assassinado.
Quando Elvis morreu, Grob iniciou sua própria investigação, questionando todos na casa sobre onde estavam naquela noite e registrando todas as ligações telefônicas [feitas no local]; ele afirma que os referidos registros mostram que alguém telefonou para um jornal de Graceland, a 01h00 da manhã, para alertá-los de que havia uma grande história naquela noite ― uma hora antes dos serviços de emergência serem chamados.
Então ele fez uma alegação verdadeiramente extraordinária. ‘Elvis morreu de uma enorme overdose de codeína’, me disse ele. ‘Não importa de que outras coisas disserem que ele morreu ― é disso que ele realmente morreu’.
Eu mal podia acreditar no que eu estava ouvindo. Eu sabia que Elvis era alérgico à codeína, um analgésico de opiáceos. Alguém poderia enganá-lo, levando-lhe ingeri-lo?
Grob explicou que a loucura na noite em que Elvis morreu significava que nada fora devidamente investigado. ‘Houve pandemônio nas ruas, com fãs e jornalistas perturbados chegando de todo o mundo’, disse ele. ‘Havia cerca de 200 mil pessoas do lado de fora do portão. Se a polícia dissesse que suspeitava de que Elvis haveria sido assassinado, haveria um linchamento. A polícia tentou lidar com as coisas, mas muito pessoal estava saindo pela porta. Muitas coisas desapareceram naquela noite e foram vendidas posteriormente. Alguém até mesmo lavou o tapete onde Elvis tinha caído. Imagine isso ― limpeza antes da chegada da polícia? Só poderia ter sido alguém muito próximo de Elvis que poderia ter ordenado isso’.
George Klein me disse que muitas suspeitas estavam concentradas no Coronel Parker. Beecher Smith, não obstante, disse que Parker tinha muito a ganhar com a morte de Elvis ― apenas um dia depois da morte, ele persuadiu o pai do cantor a ceder-lhe 50% dos ganhos póstumos do Rei.
A notícia sobre o Coronel Parker não me surpreendeu. Eu nunca tinha gostado dele. No entanto, havia muitos incentivos para despachar seu protegido, ele não estava lá naquela noite fatídica.
Então, como Elvis morreu?
Na opinião de Dick Grob, foi [uma morte] organizada pela Máfia. Ele me disse que não queriam que Elvis ou seu pai comparecessem no tribunal porque isso atrairia todo o interesse da mídia, então eles devem ter colocado alguém dentro da casa. ‘Isso é o que Vernon acreditou o tempo todo’, disse Dick. ‘Alguém de dentro deixou o assassino entrar na casa’.
Isso era algo explosivo, e eu suspeitava que estar no caminho certo porque coisas estranhas começaram a acontecer comigo. Primeiro, uma roda caiu do meu caminhão enquanto eu estava dirigindo. Se eu estivesse indo um pouco mais rápido, poderia ter sido morta. Um mecânico que arranjei depois disse que as porcas nas outras rodas também estavam prestes a sair. Alguém havia as desengatado.
Então numa noite, enquanto passeava com meu cachorro, fiquei com o rabinho entre as pernas de fato ao notar que uma jovem negra, com mais de 20 anos, punha o braço para fora da janela de um carro que ia passando e disparava pelo menos cinco tiros muito altos com uma arma de fogo, os quais atingiram algumas árvores acima de mim.
Em outra ocasião, alguém invadiu meu carro, então alguém tentou invadir minha casa e esfaqueou um dos meus outros cães.
Até hoje suspeito que alguém me quis fora do caminho. Não esperei descobrir quem era; antes de mais nada, saí da cidade.
Eu sei que as pessoas terão dificuldade em acreditar nessas alegações, mas eu conheci o verdadeiro Elvis, e depois do que aconteceu comigo, estou mais convencida do que nunca de que estamos a um longo caminho de descobrir a verdade total sobre sua morte.”