A década de 1920 nos Estados Unidos foi marcada pela incidência de grupos criminosos mais conhecidos como os Gângsters, que aterrorizavam a cidade e causavam o caos, contribuindo para a corrupção da força policial e governamental do país.
Também, o que deles chamava atenção, era o estilo cheio de moda e irreverência: anéis de diamante, ternos de seda, armas, bebidas e muita festa. Uma época que virou sinônimo de violência!
Toda essa atitude e caráter fizeram com que seus fãs (jovens e uma parcela da população) percebessem que ser um Gângster e ter o estilo de vida criminoso, era divertido e considerado “legal”. Até hoje essa ideia existe, seja para o lado bom ou para o lado ruim.
Leia um livro ou assista qualquer filme gangster da nossa lista, e se deixe envolver pela atmosfera romântica em relação ao padrão de vida e aos códigos de honra.
A vida nesse período era complicada porque a população corria perigo, e os mafiosos tinham muita competitividade e rivalidade uns com os outros.
A Moda Gangster de 1920
Qualidade, alta moda, ternos de seda e acessórios eram foco de inveja por quem não tinha como pagar por esse tipo de roupa. Quem diria que a alta costura norte-americana se tornaria famosa graças aos ternos e ao estilo glamouroso utilizado pelos gângsters.
O sonho de consumo, que logo virou realidade, vinham dos irmãos Brook Brothers (fabricante de roupas masculinas mais antiga dos Estados Unidos da América, fundada em 1818, na cidade de Nova York), de Brioni (1945 Roma, Itália ), e de Gieves e Hawkes (1771, Savile Row, London, United Kingdom).
Nesse meio fashionista, um dos gângsters que mais se destacou pelo estilo de roupa elegante foi Al Capone. Sua roupa típica podia ser definida como: um suntuoso terno azul, contendo um lenço branco de seda, pérolas, polainas cinza e um relógio de bolso de platina cravejado de diamantes na corrente. Al Capone foi uma lenda para os EUA e você deveria compartilhar essas curiosidades com seus amigos!
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Cultura Gângster
A década de 1920 apresentou uma cultura repleta de criminosos que utilizavam ternos caríssimos e nomes curiosos. Os principais gângsters daquela época eram: Al “Scarface” Capone, “Lucky” Luciano, “Bugs” Moran, Jack “Legs” Diamond e “Dutch” Schultz.
Já na década de 1930, outros nomes surgiram como “Pretty Boy” Floyd e “Babyface” Nelson, enquanto que a década de 1940 trouxe “Bugsy” Siegal. Nos anos mais recentes, os principais nomes foram John “The Teflon Don” Gotti e Salvatore “Sammy the Bull” Gravano.
Todo gangster famoso continha um nome diferente que combinava com o terno que utilizava corriqueiramente. É também muito bem dito que o “gangster mafioso” é visto pelo público americano como uma criação da cultura de massa para entreter e fazer sonhar a população.
Por isso, um terno adaptado era a chave para o “Uniforme Gângster“.
No livro de David E. Ruth, chamado de “Inimigo Público – o gângster na cultura americana” (Public Enemy: The Gangster in American Culture), o autor fala sobre a alta costura da década de 1920:
“Os últimos estilos marcaram o gângster como um consumidor ávido que investia tempo e que gastava muito para ser considerado como líder da moda…seu novo automóvel, seu apartamento decorado com bom gosto, sua bengala de diamantes, sua fivela de cinto…50 ternos e 25 pares de sapatos. ”
O homem de negócios do crime
Com a entrada em vigor da Lei Seca em 1919, (onde bebidas eram vendidas ilegalmente e havia muito contrabando administrado pelos gângsters), iniciava-se também uma nova época, que iria marcar um renovado modelo de business e muitas reuniões de negócios.
Os tempos mudaram, agora não era mais considerado um bom tino de negócios, bater em alguém com um cano na cabeça e roubar o relógio de bolso.
Quando o contrabando se tornou um negócio muito rentável e promissor, os gângsters mais espertos fizeram milhões de dólares por ano, fornecendo bebidas e licores para todas aquelas boates que eram ilegais nos Estados Unidos.
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Adquirindo cada vez mais respeito e incutindo medo sobre os comerciantes e a classe trabalhadora, os gangsters faziam com que as comunidades pagassem a eles uma certa quantia em troca de proteção; fazendo assim, que se tornasse um “serviço” que poderia ser contratado. Dessa forma, os gângsters solidificaram sua presença na cultura urbana, provocando o nascimento de um homem de negócios de cunho criminoso.
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