“Cavaleiros de Honra e Humildade”: A arte da faca, como arma de honra

Um cavaleiro honrado se preocupa mais com sua honra do que com sua vida. 

Houve um tempo em que, para resolver problemas de qualquer tipo, (questões de família, leis ou crimes), não eram chamados os profissionais dos setores, mas os Homens de honra, mais conhecidos como os Homens da Vida“, para eles o respeito era uma razão para viver. 

Não buscavam compensação monetária por seus favores às pessoas, só o respeito. Eles eram tão importantes e respeitados que, muitas vezes, a polícia também lhe pedia cumplicidade para resolver crimes comuns. 

Cavaleiros de Honra e Humildade

Para as classes mais baixas do sul da Itália, os tempos sombrios não terminaram com o desaparecimento da ordem feudal e o nascimento do Estado Moderno, continuaram até a Segunda Guerra Mundial. A segurança e a tutela dos direitos fundamentais foram asseguradas apenas para as classes dominantes – nobreza, clero e burguesia.

Aqueles com menos possibilidades reencontraram autonomamente, em si mesmo e em grupos, frequentemente secretos, a força para a tutela da própria pessoa, dos próprios bens, praticando artes defensivas. A arte da faca, como arma de honra, (assim como na aristocracia era difundida a espada) foi a mais praticada, juntamente com a do bastão (il bastone). Entre as muitas sociedades, do passado ao presente, embora quase geneticamente mudado, no sul da Itália ainda está aquela dos Uomini di Vita”, os homens de honra. 

História e cultura popular

Como acontece em todos os lugares, a história de cada cultura popular, também para aquela dos Uomini di Vita”, procura suas origens em eventos distantes que a memória depois propaga na tradição oral. 

Mesmo, Idosos relatam sobre cruzados valentes e cavaleiros; os espanholes “Conde”, “Vermelho” e “Fiorellin”, todos desembarcados na Calábria, e seus primeiro discípulo Peppino di Montalbano, que viajando para sul da Itália fizeram como companheiro deles S.Severo Salvatore Balsamo.

Cinco membros e não inferior a cinco. Cinco e não mais de cinco. 

Se constitua, assim, uma fonte de ética e do valor guerreiro, que se fazia encargo de matar a sede, em toda reserva, de tantas pessoas ansiosas de justiça, impondo aos jovens a ética da honra e da humildade, formando atletas com um caráter forte e ensinando-lhes a arte antiga da faca e do bastão para a autodefesa, proteção dos fracos e para a segurança coletiva. 

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Napoli 1900 – “Duello al coltello (Duelo com uma faca) 

Como acessar: o juramento

A “fonte da humildade” se acessava por aceitação. Sim, como acontecia em qualquer contexto esotérico, também como acontece na Máfia Italiana.

A entrada era feita por meio de juramento de confiança nos companheiros e no capo, mais corretamente chamado de “chepntest” ou “chepndrii”, ou seja, o comandante dos homens. 

O aspirante então vinha informado sobre as regras da vida para comportamentos fundados na honra e na tolerância; educado para gerenciar o medo para suportar com coragem e lucidez cada situação; rigorosamente preparado em atividade de ginástica; e educado na defesa com as mãos nuas, com o bastão e com a faca. 

Alcançado seu treinamento era associado; assim também ele poderia ir para servir a comunidade local, participando de patrulhas que guardavam a segurança privada e pública contra os “indignos” de todos os tipos; a conciliação de conflitos pessoais e familiares; e para a defesa dos fracos e indefesos. 

Eram os tempos em que na remota periferia do sul da Itália a falta do Estado era endêmica. 

A faca e o bastão: adestramento e técnicas

A escola de facas representava, nos tempos antigos, o início do adestramento, no qual se usavam também facas de madeiras por óbvias razões de segurança. 

Depois de uma adequada preventiva preparação atlética,se aprendiam as seis formas chamadas, respectivamente, a “livre”, a “meia fechada”, a “fechada”, a “cortar”, “o espelho” e a “galera” (ou “volta estreita”). Cada forma consistia em um conjunto de técnicas, misturadas entre eles de acordo com as necessidades ditas do combate.

– Armas 

A arma preferida era uma faca assim chamada “a viso lungo”, ou seja, com o tipo de cimitarra – espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo, usada por certos povos orientais (árabes, turcos, persas), especialmente pelos guerreiros muçulmanos . Outra arma usada por eles era a navalha, geralmente para desfigurar sua mulher por traição de amor: a cicatriz, neste caso, tinha que ser feito no rosto para que todos pudessem vê-la e relatar o infiel à condenação pública. O mesmo tratamento foi reservado aos homens infames ou que falharam no seu juramento à fonte. 

– O duelo

O duelo mortal ocorria, como já mencionado, apenas quando se tinha de defender a honra de sua família ou de sua vida ou de seus entes queridos. Hoje, tudo isso desapareceu, rejeitado pela consciência coletiva e do Estado de direito; obviamente, a arma é simulada, tudo era para fins de ginástica e pedagógica. 

A arte subordinada foi o tema da arte do bastão que fornece 16 movimentos básicos. Depois de se tornarem mestres das técnicas, iniciavam a “cadeia”, um trabalho em dupla com chutes de pernas e ataques frontais. 

Depois de formar a cadeia, começava o confronto real com os truques necessários. Existem duas formas de luta: a “tempo da escola“, com regras claras a seguir, e “quanto mais você sabe, onde todos são livres para agir de acordo com sua escolha. 

Um sinal de respeito e desafio, e assim começava o combate. 

Expert: técnica e variantes 

Há também o uso da “manichetta (mangueira)”; uma falsa faca em forma de foice camponesa, que também proporciona a utilização de um lenço de tecido vermelho amarrado à frente do punho ao braço armado e usado como uma espécie de chicote, geralmente orientadas em direção aos olhos do adversário: é uma técnica que exige uma grande preparação atlética, que começa a partir de posições muito baixas, seguidos por impulsos repentinos, imprevisíveis e longos, direcionada para atingir o oponente inesperadamente. 

Existe também outra forma de arte do bastão que, em vez disso, prevê a utilização de um sistema de dois bastões mais curtos (65 cm., de 2-3 cm. de diâmetro). 

Tal forma resume as desaparecidas técnicas do “coltello” e do “bastone”. 

Considerações finais

 No entanto, acreditamos que é possível recuperar os valores da antiga sociedade, ou seja, a legítima defesa no responsável autocontrole e adequada avaliação da proporcionalidade dos meios em relação aos objetivos. A proteção dos direitos de uma cultura de não violência e conciliatória para uma humilde tolerância em confrontos civis, com o objetivo de preparar os jovens a uma ética de honra e no exercício simulado das artes de confrontos. 

Quer saber mais detalhes? Comente abaixo e mande para nós, ciao amico! 

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2 Comments

  1. 4pr0p02
    7 de janeiro de 2017
    • Estilo Gangster
      7 de janeiro de 2017

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