Como mata a Cosa Nostra? No modo mais útil.
A espingarda branca é a maneira mais silenciosa para matar um homem. Mas também é a mais difícil e a mais complicada de realizar. Porque você te que envolver a vítima para uma armadilha, e, geralmente, ela já está em alerta, e já suspeita que querem matá-la.
Então, quem pode ser capaz de atrair uma vítima para uma emboscada?
O amigo mais próximo, um parente, um primo, um tio, até mesmo um irmão: alguém que gosta de sua plena confiança e que, para salvar a vida de si mesmo, trai.
A vítima é tranquilizada, acalmada. É convencida em aceitar uma reunião, vai para este encontro e termina entre os quatro homens que estrangulam. Depois do assassinato encontra-se apenas um carro abandonado – a vítima – com as chaves na ignição.
Não há balas. Nenhum sangue, nenhum cadáver em que os parentes podem chorar e nenhum cadáver sobre o qual os investigadores possa investigar. Seu corpo nunca será encontrado.
Os mafiosos dizem que a espingarda branca é a maneira mais “limpa” de matar alguém.
Na década de sessenta, em construções de edifícios, muitos mortos pela espingarda branca vieram aparecer na fundião de concreto. Se diz que descansam nas paredes estruturais dos palácios de Palermo. Nos anos oitenta e noventa, eles os derretiam no ácido.
Se um cadáver desaparece, desaparece também o crime: sem o corpo do crime, não há crime.
Os gabinetes dos departamentos de investigação sicilianos, unidades operacionais da Polícia e dos Carabinieri, estão cheios com arquivos armazenados com as iniciais M – que esta para a Máfia – e uma única palavra escrita ao lado de uma cruz, “desaparecidos”.
A espingarda branca não mata somente homens de honra. Ela também mata as testemunhas perigosas ou qualquer um que tenha visto e ouvido muito. Esta prática foi utilizada, principalmente, pelos Corleoneses de Salvatore Riina.
Ao contrario, se você precisa fazer entender a todos que é a organização a ter matado alguém, então assina o crime.
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