As eleições de 2018 já se passaram e os efeitos desse momento singular de cidadania brasileira, sabemos, repercutirão por anos e anos à fio. Elas foram muito diferentes de muitas ou talvez de todas as anteriores; já vamos falar de suas singularidades, mas uma coisa em especial, foi particularíssima: as visitas do presidenciável petista ao ex-presidente (preso) Luís Inácio Lula da Silva.
Não importa se você é petista ou não; pode continuar lendo esta matéria, aqui sempre procuramos ser o mais imparciais possível. Mas primeiramente precisamos averiguar as causas da prisão do ex-presidente e do impedimento da nossa ex-presidenta, antes de afirmarmos qualquer coisa.
Segundo jornais da própria editora Globo (esquerdista roxa), há inúmeras provas contra o ex-presidente; mais especificamente, “Há, sim, provas abundantes contra Lula, espalhadas em investigações que correm em Brasília e em Curitiba” (confira a matéria na íntegra). Em sequência, a revista ÉPOCA online ainda afirma, por meio de seu jornalista Diego Escostesguy: “Nesses processos e em algumas investigações ainda iniciais [iniciais à época, isto é, 2017], todos robustecidos pela recente delação da Odebrecht, existem, por baixo, cerca de 3 mil evidências contra Lula. Elas foram analisadas por ÉPOCA. Algumas provas são fracas — palavrórios, diria Lula. Mas a vasta maioria corrobora ou comprova os crimes imputados ao petista pelos procuradores” (destaques nossos). E, de fato, Lula foi preso; contando com o apoio de uma boa parcela do povo brasileiro, provavelmente um quinto da população que enxergou, ali, injustiça.
Agora passemos para a sucessora de Lula, a primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff. Seus crimes foram basicamente de ordem administrativa e acabaram ficando conhecidos como “pedaladas fiscais”. No site de VEJA você pode conferir uma matéria de Felipe Moura Brasil explicando com detalhes e gráficos o que ocorre no Brasil no tocante aos desvios fiscais desde o tempo de Fernando Henrique (clicando neste link). Você também lerá que muitas das cifras dessa corrupção é mantida em sigilo de justiça, ou seja, foi acobertado aos nossos olhos.
[Sabemos que o jornalismo de VEJA é bem oscilante, ora indo bem, ora precisando ser duramente criticado; porém meu leitor há de concordar comigo que há certas coisas que são simplesmente grandes demais para se acobertar ou mentir, não é mesmo?]
Talvez ainda não esteja convencido. Entendemos que talvez isso possa acontecer. Analisemos então brevíssimamente o Partido dos Trabalhadores, o qual, governou o Brasil nos últimos treze anos. Muita gente pega indicadores sociais isolados em pesquisas e pensa que o produto do PT foi de avanço para o país. Um deles é o de que o Brasil é a sexta maior economia do mundo — no entanto, sabemos que não é a mais igualitária e que tal riqueza está na mão ou de pouquíssimos brasileiros ou de pouquíssimos gringos empresários (isso sem falar na riqueza das multinacionais).
Outro indicador é o de que o PT colocou o pobre nas universidades através do ENEM e das cotas. De fato, um grande avanço; não obstante, isso foi inegavelmente uma operação “tapa-buraco”; nunca investiram pesado na melhora do ensino básico (afinal, crianças e adolescentes ainda não votam), priorizando o público adulto das universidades (e, por que não dizer, futuros professores).
Não vamos falar de Petrolão e outros escândalos de corrupção. Um indicador básico da tragédia pela qual o Brasil vem passando é, simplesmente, a dívida do país — que no início do governo Lula era de pouco mais de 800 bilhões e hoje (nov/2018) está quintuplicada, 4 trilhões, podendo virar o ano a 4,5 trilhões. Vamos falar agora do assunto dessa postagem; o que veio anteriormente foi uma breve introdução para nos levar a uma reflexão profunda sobre o último governo. Mas há algo que ninguém reparou.
A dimensão de que estamos falando
“Além de ser presença constante nos programas do horário eleitoral gratuito e nos discursos, o ex-presidente L. I. Lula da Silva dá as cartas na estratégia da campanha de Fernando Haddad à Presidência da República. É de sua cela na Superintendência da Polícia Federal do Paraná que o líder petista orienta desde as regiões que o candidato deve priorizar em sua agenda até a postura em relação aos adversários. Nos 37 dias em que ocupou o posto de vice, Haddad visitou Lula seis vezes. De acordo com aliados, a ideia é que as visitas continuem constantes. Hoje [17/09/2018], ele estará com o padrinho pela primeira vez na condição de presidenciável / (…) A grande influência de Lula também pode ser medida pelo número de homens da sua confiança na coordenação da campanha. Fazem parte do grupo os ex-dirigentes do Instituto Lula Luiz Dulci e Paulo Okamotto, além do ex-chefe de gabinete da Presidência Gilbeto Carvalho. Por indicação de Lula, a coordenação executiva cabe a Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras.” (Fonte: Gazeta online reportagem de 17 de set. de 2018, destaques nossos)
Primeiramente, era Lula quem dava as cartas. Ainda não comentaremos o caso à fundo. Vamos mais adiante, para outra notícia:
“O PT divulgou, na tarde desta quarta-feira (10/out./2018), a nova logomarca da campanha do PT à Presidência da República, nas cores verde, amarela e azul, sem o nome do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Na imagem, aparece apenas o nome de Fernando Haddad, candidato à Presidência, e de Manuela D’Ávila, vice na chapa. / Nas peças do primeiro turno da disputa, o nome de Haddad era diretamente associado a Lula com a frase ‘Haddad é Lula’ na cor vermelha, característica do PT.” (Fonte: portal Gaúchazh, destaque nosso)
Houve então um certo distanciamento de Haddad para com o ex-presidente. Mas por quê?
Resumo da ópera
Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo; mestre em economia e doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo; também ex-ministro da educação.
Lula aprendeu a ler tardiamente aos dez anos e teve de sair da escola no segundo grau para ajudar sua família; posteriormente, ajudou a criar o partido dos trabalhadores (devido a sua influência crescente numa empresa de metalurgia e posterior chegada ao rank de presidente da União dos Trabalhadores do Aço). As empresas em que trabalhou sendo em São Bernardo do Campo e Diadema, ambas regiões fortes na área automobilística paulista e brasileira. Lula então se filia a movimentos esquerdistas, pró-trabalhadores, ajudando a fundar o PT e a CUT, por volta da década de ’80. Seu governo foi amplo em programas sociais e os bancos nunca faturaram tanto como em seu governo, porém as corrupções que houveram se agigantaram, digamos, acima disso. E será que um dos grandes criadores do Partido não sabia de nada do que ocorria ali, bem abaixo de seu nariz?!
Lula vem mirando as eleições já de muito tempo, sempre perdendo por pouco; um dos motivos de ter perdido para Collor, por exemplo, foi Collor ter sido bem claro e incisivo com relação a medidas anticorrupção. … Parece familiar com os dias atuais, esse quadro?
O problema da corrupção no Brasil, portanto, não é atual. Não obstante, com o tímido crescimento do país, uma avalanche de corrupção nos colocou no quadro em que estamos hoje (como apontam os dados acima): cinco vezes piores, no tocante à dívida, sabe-se lá quanto pior no tocante ao potencial perdido nos diversos escândalos — conhecidos ou não.
Porém reconhecemos que alguém com o currículo de Lula teria, sim, muito o que dizer; muito o que ensinar para um candidato mais jovem, sonhando em subir na vida. Ele só não deveria ter feito isso de por detrás das grades em entrevistas pessoalmente feitas. Na era da informação, Lula poderia aconselhar Haddad o mais discretamente possível para não causar tanto. Mas, não. Teve de ser encontros tête-à-tête. Esse erro de cálculo pode ter custado ao PT uma derrota nas urnas, em 2018. Mas foi erro mesmo ou procedimento de praxe?
Lado obscuro
Estamos há um bom tempo estudando as máfias de todo o mundo e, se você já leu nosso Kit Máfia Academy, ’cê sabe: Não é de “qualquer forma” que alguém é admitido numa máfia, ou mesmo que alguém sobe de posto na mesma. Quem entra numa máfia passa por um ritual de praxe, e faz todos os conformes que narramos em nosso Kit.
O PT e seus aliados têm moldes tão duvidosos que nos levam a crer que, na verdade, seja uma Máfia travestida de Partido, fazendo um pouco de bem para, logo, fazer 5 vezes mais o mal. Mas isso pode ser assunto para outra postagem, caso vocês aprovem esta aqui em seus comentários. Falaremos sobre tráfico, as FARC e um pouco mais, se quiserem.
Vimos que Fernando Haddad tem conhecimentos filosóficos e econômicos academicamente superiores ao de Lula. O cara é doutor em filosofia. Sua tese versa sobre socialismo. O cara manja de política. Mas, mesmo assim, ele foi VÁRIAS vezes à prisão se consultar com o ex-presidente.
Tal ato escancarado de apoio ao presidente veio, primeiramente, de seu partido: a ideia inicial era que Lula fosse o candidato presidenciável, e não Haddad.
O que ocorreu foi que por mais que o partido fizesse pressão e até mesmo a Organização das Nações Unidas fizesse esforço para que Lula fosse solto (PARECE BRINCADEIRA — 3000 provas contra o ex-presidenciável e a ONU se pronunciando!), a justiça eleitoral o barrou pela Lei da Ficha Limpa. Então o PT parou com toda aquela veneração e gritaiada de “Lula Livre” para elencar outro indivíduo em seu lugar: o professor Fernando Haddad.
E apesar do PT ter SUPOSTAMENTE (nós aqui não acreditamos facilmente nas coisas; como o partido da corrup… quer dizer, dos trabalhadores não tem nenhum dólar na cueca ou em contas lá de fora para quitarem suas dívidas? Seria dissimulação? Fica a questão ao nosso leitor … ) estourado os gastos de campanha esse ano, gastando alguns milhões a mais e pedindo ajuda aos seus eleitores no Twitter, não faltou grana pro Haddad visitar seu chamado “padrinho” na prisão…
Amigos, se vocês acreditam em coisas como papai noel, Krampus, Pé Grande ou coisas assim, talvez ’cês tenham mais razão e verdade do que a possibilidade de Haddad não ser um mero fantoche nesse sistema talvez-mafioso.
As máfias seguem uma hierarquia; definitivamente, há um padrão. Ninguém sobe sem antes pedir “a bênção” de seu capo, sem passar pelo rito. E, engraçado ou não, a mídia mainstream brasileira não foi rígida quanto a criticar isso. (!)
Burrice
É, caros amigos, infelizmente o poder nos cega, digo, a nós humanos. Não sabemos, muitas vezes, como dançar conforme à música. Reduzir o passo. Não “entregar o ouro” de prima. A verdade é que (dizemos isso, cruzando os dedos: “Não vamos falar nas fraudes das urnas e nos títulos cancelados, nas fraudes das urnas e nos títulos cancelados, não vamos falar…”) o PT perdeu o poder nessas eleições por mera burrice. Se não tivessem idolatrado a um ex-presidente criminoso (pela lei) e feito esse link sempre a ele na campanha-Haddad muito provavelmente teriam ganhado. As críticas foram muitas.
No segundo turno então, vimos, a cor vermelha foi reduzida na campanha de Haddad após diversas críticas (não daremos nomes aos bois) de que a bandeira do Brasil não era visada e exaltada na campanha-Haddad — ao contrário da campanha-Bolsonaro, claro, que com 15 segundos de TV e um forte foco pró-Brasil, pró-segurança e anticorrupção, garantiu-lhe a disputa pelo segundo turno. As críticas às visitas de Haddad à Lula também estouraram, de modo que AÍ ENTÃO fizeram uma estratégia (TARDIA!) de pararem com isso. Mas era tarde.
Considerando que o resultado das urnas foi sempre verdadeiro nos dois turnos (não ria… não ria..!), Bolsonaro ganhou por pouco. Não vamos falar, aqui, do crescimento estupendo de Haddad nas pesquisas, também; nem em como Bolsonaro ganhou de lavada em diversos países, nos votos de brasileiros que lá moram.
Partido político, os requisitos não satisfaz. Máfia, propriamente, não é – trata-se de mero instrumento utilizado para manejar as estratégias de ação prescritas por Antonio Gramsci.
Interessante como no início da campanha os movimentos pró-Haddad eram quase nulos nas ruas. Só ao final que realmente cresceu. A maioria dos meus conhecidos do RJ votou em Ciro.. Mesmo assim, no segundo turno, ocorre essa alavancada sem igual pro lado do PT.
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Máfia! A melhor descrição para o PT.
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Ótimo conteúdo irmão, continue com o tema puxando para o lado do Foro, FARC, etc… Um Abraço.
Caraiiii não dá nem pra acreditar que um site monstro desse deu Esse vacilo. ??????
Os politicos do Brasil estão longe de máfia.
Sérgio Moro prendeu LULA e aceitou o convite para trabalhar no GOVERNO do BOZONARO.
PT rouba igual o próprio partido do BOZONARO.
Que trouxe inclusive BOB JEFF o Roberto Jefferson e Waldemar COSTA Neto…. os dois envolvidos no MENSALÃO.
Política criminosa não é Máfia.
BOZONARO e seus filhos mataram matar Mariele Franco…
E mesmo assim eles não estão no patamar da máfia
É importante destacar que as organizações criminosas e a política são áreas diferentes e que devem ser tratadas como tal. Enquanto a Máfia é uma organização criminosa com atuação em diversas partes do mundo, a política é uma atividade que deve ser pautada por leis e regras democráticas.
No que diz respeito às denúncias de corrupção e crimes políticos no Brasil, cabe às autoridades competentes investigar e punir os responsáveis de acordo com a legislação vigente. É importante ressaltar que a justiça deve ser imparcial e baseada em fatos, sem se deixar influenciar por interesses políticos ou pessoais.
Por fim, é importante lembrar que o combate à corrupção e ao crime organizado deve ser uma preocupação constante das autoridades e da sociedade como um todo. A transparência e a ética na política são fundamentais para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
Abraccio
Pois é acho que o ganser mesmo é a turma do Bolsonaro.
Grazie pela sugestão! Vamos avançar.
Apenas recordando as falácias que poderão se repetir. Estamos alertas a todas as situazziones amigo.
PT é uma máfia , o atual presidente e suas associações estranhas com uma facção criminosa. Uma matéria muito boa sobre o assunto.
Salute Sr. João,
Grato pelo comentário, nobre amigo.
O tema é antigo, mas o círculo ao entorno dessa movimentação toda tem muitas ‘pontas’ soltas, acredite.
Compreendo que o autoconhecimento é essencial para todos os membros da nossa organização. Cada um de nós desempenha um papel único e crucial em nossa jornada. A liderança não é para os fracos, exige não apenas habilidades de comando, mas também uma profunda compreensão de si mesmo e dos outros.
Desafio você a não apenas considerar, mas a mergulhar profundamente no autoconhecimento e na liderança. Aprender sobre como cada indivíduo pode contribuir significativamente para alcançar objetivos comuns é uma jornada desafiadora, mas altamente recompensadora.
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